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Medida Provisória pode dar condições ao cacau na Bahia


Com dívidas superiores a R$ 2 bilhões, acumuladas há cerca de 20 anos, os produtores de cacau da Bahia se articulam para conseguir os mesmos benefícios que os pequenos produtores do semiárido do Nordeste devem usufruir se a MP- 842 não for vetada pelo governo.
O objetivo é tirar muitos dos cacauicultores da inadimplência, para que consigam voltar a ter financiamento e invistam nas lavouras, cuja produtividade está estagnada há anos.

O relatório da MP, aprovado na semana passada em comissão mista, excluiu emenda da senadora Lídice da Mata que estendia os descontos aos cacauicultores baianos que se endividaram na década de 1990 para combater a vassoura-de-bruxa.
Com isso, o setor está se movimentando para que, quando a MP com as modificações chegar ao plenário da Câmara e do Senado, já como projeto de lei de conversão-, as bancadas ruralista e do Nordeste aliem-se para reapresentar a proposta.
A Confederação Nacional da Agricultura e da Pecuária e as associações das indústrias que processam cacau e produzem chocolate reuniram-se na terça com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, para angariar apoio do governo. O ministro concordou em dar o apoio técnico necessário.
Se as condições previstas na emenda forem incluídas no PL, os cacauicultores que tomaram emprestado até R$ 200 mil na origem poderão quitar suas dívidas com descontos de até 95%. O presidente da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), Eduardo Bastos, aprova.
Para ele, retirar esses produtores da inadimplência teria efeito imediato na produção. "São muitos anos de produção extrativista. Com pouco investimento, o cacau responde rápido". Com novos empréstimos, os cacauicultores poderiam investir em insumos básicos.
Fonte: aregiao

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